Mesmo com oscilações, o mercado
imobiliário ainda é porto seguro para investidores
O mercado de imóveis não deve ter grandes recuos nos
próximos meses e isso é um bom sinal para quem investe em unidades mobiliárias
em todos os nichos. Ou seja, aplicar em um patrimônio durável e que se valoriza
ao longo do tempo ainda é vantajoso. É claro que há regiões e/ou cidades mais
interessantes que outras, assim como o tipo de imóvel, mas independentemente
dessas variáveis, vender, comprar ou alugar continua sendo um bom negócio. A
estabilidade econômica do País – e do mercado imobiliário – aponta para um
cenário cada vez mais positivo.
Se tomarmos como exemplo a cidade de São Paulo, percebemos
que todas as regiões investem em melhorias de infraestrutura e os
empreendedores nos diferenciais das edificações – de qualquer nicho. O bem
registra pequena queda na valorização, mas os preços atuais não vão diminuir
nos próximos meses e, em alguns lugares, anos. O aumento nos valores de metro
quadrado, que vem ocorrendo nos últimos meses, deve se estabilizar. Pode ainda
ocorrer em algum tipo de imóvel, mas, de modo geral, haverá equilíbrio. Um
cenário que interessa a todos: compradores, vendedores e, claro, investidores.
A locação – comercial e residencial – também tende a ser
interessante. Unidades usadas, bem conservadas e localizadas ainda são o “filé”
do mercado e escoam com rapidez. Para quem investe, o lucro vem dessa
velocidade e de bons contratos duráveis.
Os preços estão começando a se equilibrar, com valor médio
do metro quadrado para venda até desacelerando, tanto para venda como para
locação, e a economia do Brasil estabilizada. Esse é o cenário para o final
deste ano e para 2013. Isso é o que apontam os especialistas, dando esperanças
para todos os artistas do mercado: empreendedores (incorporadores e
construtores), vendedores, compradores, locatários, locadores e, claro,
investidores.
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Caixa reduz juros e amplia prazo de
financiamento de imóveis ( fonte: g1.globo.com 05/06/2012)
A Caixa Econômica Federal (CEF) anunciou nesta
terça-feira (5) nova redução de taxa de juros para financiamento de imóveis e
ampliação, de 30 para 35 anos, no prazo máximo para esse tipo de operação,
feito com recursos da poupança.
As medidas começam a vigorar a partir da próxima segunda-feira
(11) e só valem para novos financiamentos. De acordo com vice-presidente de
Governo e Habitação da Caixa, José Urbano Duarte, o prazo de 35 anos é o maior
já praticado no país.
Para imóveis financiados pelo Sistema Financeiro de Habitação
(SFH), a taxa cai de 9% para 8,85% para todos os clientes. Dependendo do grau
de relacionamento com a Caixa, a taxa pode chegar a 7,8%.
Fora do SFH, a taxa de juros, que é de 10% ao ano, cai para 9,9%
a partir de segunda-feira, para todos os clientes. Dependendo do relacionamento
que a pessoa tenha com o banco, ela pode chegar a 8,9% ao ano.
Em todos os casos citados, não está incluída a Taxa Referencial (TR).
FGTS
Duarte disse que a Caixa estuda estender as mudanças também para financiamentos
de imóveis construídos com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS). Isso, porém, depende de autorização do Conselho Curador do fundo.
O prazo de até 35 anos e as novas taxas de juros valem,
portanto, apenas para clientes com renda familiar superior a R$ 5,4 mil mensais
e que financiem imóveis construídos com recursos da poupança, de qualquer
valor.
Clientes com renda de até R$ 5,4 mil e que financiem imóveis de
até R$ 170 mil podem optar pela operação dentro das regras do FGTS, que possui
taxas de juros mais atrativas - hoje elas são de, em média, 5,3% ao ano.
Simulação
A Caixa fez uma simulação das vantagens com as medidas anunciadas nesta
terça-feira. Para uma pessoa com renda familiar de R$ 10 mil, o limite de
financiamento sobe de R$ 267 mil para R$ 280 mil. Se for cliente do banco, esse
valor chega a R$ 303 mil.
O cliente ainda pode optar por reduzir o valor da prestação do financiamento.
Para uma operação de R$ 267 mil, a prestação cai de R$ 3 mil para até R$ 2.604
mil.
“Com essas mudanças, nos esperamos que as pessoas tenham condições de comprar
um imóvel melhor do que aquele que comprariam com as regras atuais. Ou o mesmo
imóvel, pagando uma prestação menor”, disse Duarte.
Segundo ele, entre 3% a 4% do valor total do crédito
habitacional está financiado dentro do prazo máximo em vigor hoje, de 30 anos.
O prazo médio é atualmente um pouco superior a 20 anos.
Duarte informou que, nos primeiros cinco meses do ano, a Caixa financiou R$
36,66 bilhões dentro de sua carteira de imóveis, valor 46% maior que o
registrado em igual período do ano passado (R$ 25,06). Para 2012, a estimativa
do banco é que o valor financiado chegue a até R$ 100 bilhões, contra R$ 80
bilhões de 2011.
Construtoras
A Caixa também anunciou redução da taxa de juros para financiamento destinado a
construtoras, para produção de habitações, com recursos da poupança. E a
ampliação do prazo de financiamento, de 24 para 36 meses.
Segundo o banco, a taxa de juros dentro do programa Plano
Empresa da Construção Civil, que hoje é de 11,5% ao ano, vai ser reduzida a
10,3% a partir de segunda-feira para todos os clientes. Se a empresa tiver
relacionamento com a Caixa, essa taxa pode chegar a 9%.
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Vai comprar um imóvel? Então veja algumas dicas antes de fechar
o negócio ( fonte: Creci SP)
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1. Preço justo: é importante
pesquisar o preço de venda de unidades no mesmo prédio ou conjunto para se ter
uma ideia do valor de mercado.
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2. De olho nos juros: pesquise as taxas de juros praticadas em todos os bancos e faça
simulações para saber qual é a que melhor se encaixa em sua renda. Também é
importante estar atento ao CET (Custo Efetivo do Financiamento), um percentual
que mostra quanto o financiamento vai custar, incluindo todas as taxas
administrativas e tributos cobrados pelos bancos.
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3. Imóvel ocupado: uma das maiores fontes de problemas é quando o imóvel está
ocupado, pois leva tempo e dinheiro para conseguir desocupar o imóvel. Caso a
desocupação seja amigável, o processo é mais rápido, já se for necessário
entrar na justiça, além de demorado, a ação pode não conseguir exigir a
retirado do morador. É possível encontrar informações sobre o imóvel no edital
ou nos prospectos de venda, e na dúvida, não compre!
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4. Vistoria minuciosa: antes de assinar o contrato, é muito importante visitar o imóvel e
olhar cuidadosamente cada detalhe dele. A vistoria deve ser assinada por um dos
responsáveis pela venda, desta forma, é possível reclamar na justiça se algum
item for retirado do imóvel.
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5. Interesse e negociação: é fundamental guardar todos os panfletos, anúncios e anotações
feitas pelos vendedores. Toda negociação deve constar na proposta de compra,
inclusive prazos, taxas de juros, metragem do imóvel e outras despesas.
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6. Promessa de financiamento: nenhum vendedor pode prometer a aprovação do financiamento, por
isso, o consumidor só deve assinar qualquer documento, apenas depois de do
crédito ser liberado. Caso assine alguma proposta de reserva ou deixe cheque
caução para garantir o imóvel, o consumidor deve exigir um compromisso por
escrito, que se o financiamento for negado, não haverá multa ou outros custos
para desfazer a reserva.
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7. Dívidas e condomínios: é importante certificar-se também se existem dívidas pendentes no
imóvel, como condomínio e IPTU. São dívidas de responsabilidade do antigo
proprietário, que deverão ser quitadas pelo banco ou pelo vendedor do imóvel,
mas que se não estiverem pagas vão ter o imóvel como garantia e a execução vai
correr contra o atual proprietário, que então terá que recorrer a Justiça para
receber este dinheiro do vendedor.
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8. Prazo do financiamento: quanto maior o prazo do contrato, mais juros o consumidor terá de
pagar pelo imóvel. Se a taxa for de 10% ao ano, por exemplo, a cada 10 anos de
financiamento, o consumidor paga o valor de mercado de um imóvel só de juros,
além de correção monetária e o valor do próprio financiamento. Também é
importante lembrar que se atrasar três parcelas, o imóvel será levado a leilão.
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9. Renda: é comum a família
toda e até amigos se unirem para compor a renda necessária para conseguir o
financiamento. Só que as pessoas tem que lembrar que ficarão obrigadas pelo
pagamento da dívida até o final, além do fato que sua renda estará comprometida
para fins de financiar outro imóvel no futuro.
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10. Pagamento das parcelas: é fundamental não comprometer mais de 15% da renda com o pagamento
da primeira parcela do financiamento. Este cuidado é fundamental para que sseja
possível honrar com todas as parcelas do financiamento sem dificuldades.
Lembre-se que o prazo é muito longo, dificuldades e crises acontecem sempre e
com todos, e comprometer menos seu salário é caminho certo para não haver
surpresas desagradáveis no futuro.
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Compra de imóvel usado exige atenção com estrutura e documentação
SÃO PAULO – Comprar um imóvel, por si só, é uma
situação que exige muita atenção do comprador. Contudo, se a casa ou o
apartamento em questão for usado, o cuidado na hora da compra deve ser
redobrado, especialmente se a pessoa está tratando diretamente com o proprietário,
sem o intermédio de uma imobiliária ou sem recorrer a um financiamento
bancário, por exemplo.
Nesta hora, segundo especialistas ouvidos pelo
portal InfoMoney, observar a estrutura do imóvel e
verificar a documentação são essenciais para evitar dores de cabeça no futuro.
Estrutura
De acordo com o presidente do Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de
Imóveis do Estado de São Paulo), José Augusto Viana Neto, ao comprar um imóvel
usado, a pessoa deve observar se não há manchas de umidade ou bolor no teto ou
nas paredes, já que isso pode indicar problemas de vazamento e infiltração.
Trincas e rachaduras também merecem análise
especial, sendo que, nestes casos, explica Viana Neto, o ideal é contratar um
engenheiro ou arquiteto que possa avaliar a gravidade da situação.
No mais, lembra, sempre é bom observar as
instalações elétrica e hidráulica do imóvel.
Documentação
No que diz respeito à documentação, a advogada especialista em direito
imobiliário do escritório MPMAE Advogados (Mesquita Pereira, Marcelino,
Almeida, Esteves Advogados), Rita de Cássia, elencou aqueles que o comprador
não deve deixar de pedir:
- Certidão de
Registro de Imóveis: pedida no cartório da região no qual o imóvel se
localiza, mostra se o vendedor consta de fato como proprietário do imóvel.
Segundo a advogada, o ideal é que a certidão não tenha mais do que 30
dias.
- Certidão
Negativa da Justiça Federal, Certidão de Distribuidor Cível, Certidão de
Distribuidor Trabalhista: todas servem para demonstrar que o proprietário
não possui dívidas ou processos que podem levar o imóvel a ser penhorado.
- Certidão de
débito do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano): tirada na
prefeitura, serve para mostrar que o IPTU está em dia.
- Certidão de
débito do condomínio: expedida pela administradora do condomínio ou pelo
síndico para demonstrar que não há dívidas desta natureza.
- Certidão
Negativa de Débitos Previdenciários e Trabalhista: deve ser pedida quando
o imóvel vendido tem menos de cinco anos e diz respeito à construtora e
não ao dono do imóvel.